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sábado, 21 de agosto de 2010

AGRESSÃO AO MEIO AMBIENTE EM CUBATÃO SP

Podas grosseiras e árvores assassinadas em Cubatão
Árvores são uma beleza, amenizam a temperatura, retêm poluentes, reduzem o impacto das chuvas, atraem pássaros, entre outras coisas. Mas em Cubatão, as árvores urbanas continuam sendo vítimas da cultura de podas excessivas, grosseiras, de quase todos os galhos ou o simples corte da árvore viva. Até árvores floridas estão sendo podadas nesta cidade. E estas ações nocivas ao microclima local e a qualidade ambiental de vida dos moradores e animais são realizadas pela Secretaria do Meio Ambiente.
Normalmente os motivos alegados pelo poder público para os cortes são que as árvores na região urbana do município estão “doentes”, “velhas”, em perigo "iminente" de queda na cabeça de alguém, estão “atrapalhando” a fiação dos postes, que causam sujeira, atraem drogaditos e ladrões (?!). Também costumam dizer que as árvores são arrancadas para "abrir" vagas para veículos em comércios, para "limpar" a fachada de imóveis, durante as reformas e construção de residências ou de prédios públicos. Blablabla.  
E neste sábado (14 de agosto), mais uma vez, pude constatar esta prática criminosa num local onde não há postes nem fiação. Em anexo segue algumas imagens captadas na Avenida Henry Borden que falam por si mesmas. Árvores com mais de 30 ou 40 anos de vida completamente dizimadas. 
Outra ignorância que acontece em Cubatão é que as autoridades ambientais não usam pasta cicatrizante sobre a área cortada das árvores, para obstruir a penetração de fungos, bactérias e cupins ao interior da árvore. Esta técnica evita a morte prematura de árvores atingidas por podas.
A Lei dos Crimes Ambientais (lei federal 9.605/98) pune o assassinato de árvores com multas, e até a detenção do criminoso. Mas, lei, ora a lei...
Ciclovia da Henry Borden
Parece brincadeira, mas a construção da ciclovia sobre o canal da Henry Borden (mais conhecida como a ciclovia “do nada a lugar nenhum”, de pouco mais de mil e quinhentos metros) ainda não acabou. A obra começou em 21 de setembro de 2009, e o prazo de entrega era de 4 meses, contudo, pelo andar da carruagem, só deve estar pronta no verão de 2011, e olhe lá. Em anexo segue uma foto do trecho ainda em obras. Aliás, todo o gramado que existia ao lado do canal desapareceu, o que vemos lá agora é só cascalho. Algumas árvores também desapareceram. Será que foram engolidas pelos tratores?
Moésio Rebouças, jornalista e ambientalista

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

MEIO AMBIENTE EM CUBATÃO

Mais árvores urbanas em Cubatão são decepadas Eco-picaretagem
O desprezo das autoridades ambientais municipais - passada e atual - com as árvores urbanas em Cubatão continua. Hoje (19 de agosto), ao retornar da agência dos correios pela Avenida Nove de Abril, no jardim do famoso elefante branco “Teatro Municipal de Cubatão”, dei de cara com oito árvores de médio porte vítimas de mais uma poda assassina (fotos em anexo) promovida pela Secretaria do Meio Ambiente.
As árvores, plantadas ali em 1989, foram decepadas ontem ou hoje pela manhã, pois terça-feira (17) eu fiz o mesmo trajeto e as árvores ainda estavam lá.
Estas árvores representavam algum perigo para as pessoas? As pessoas estavam incomodadas com as suas sombras? As árvores estavam enfeando o paisagismo do “Teatro Municipal”? Atrapalhando a fiação?
Afinal, por que ultimamente temos visto tantas agressões e podas mal executadas contra as árvores urbanas de Cubatão?
Eco-picaretagem
No Brasil tá cheio de eco-picaretas, de gente que é verde por fora e podre por dentro; de eco-oportunistas, de gente que muda de atitude e discurso conforme as “conveniências”; de eco-capitalistas, de gente que gosta de ser dar bem e se enriquecer com o “verde”.
O Brasil tá cheio de eco-incoerentes, eco-hipócritas. Enfim, de “ecos” que são uma ofensa à Natureza!
E Cubatão, infelizmente, não foge a regra, muito pelo contrário. Aqui tem “ecologista” que fede mais que muitas indústrias da cidade. Um deles é um senhor chamado Rolando Roebellen, um cínico "arroz de festa" que posa de “boa gente”, que na época do governo Clermont Castor (anterior ao governo atual, da prefeita Marcia Rosa), se encontrasse uma folhinha no chão, já fazia “um escarcéu”.
Em agosto de 2008, num jornal local ele disse, numa matéria sob o título "Dois milhões para cortar galhos": "Dos 10 anos de falta de cuidados com as árvores, oito são de responsabilidade dessa Administração [Clermont]. Se tivessem realizado podas da maneira adequada, muito disso poderia ser evitado, inclusive esse dispêndio com a contratação dessa firma". Ele reclamava das podas e do contrato (não tenho certeza, mas acho que de doze meses) de R$ 2 milhões e 150 mil assinado pelo governo da época com a empresa Demax, de Mogi das Cruzes. Na ocasião, quando era vereadora, a atual prefeita Marcia Rosa (PT), também denunciou as podas e o contrato milionário na câmara municipal. O "engraçado", é que esta empresa continua fazendo os trabalhos de podas em Cubatão, o serviço que eles tanto criticavam anteriormente, naquele período pré-eleitoral.
Mas...
Hoje tudo é diferente, este “ecologista”, eterno presidente de uma ONG chamada Associação Ecológica de Cubatão (atualmente sem nenhuma atuação ou ativistas), tem um cargo de diretor na Secretaria do Meio Ambiente, e não fala mais nada, não solta um pio diante de tantas agressões contra as árvores urbanas (muitas vezes ataques piores do que no governo Clermont) e outros temas ambientais.
Aliás, não é a primeira vez que este senhor tem um carguinho público comissionado. Ele também fez parte do governo corrupto do ex-prefeito de Cubatão Nei Serra (que nunca morou em Cubatão!), na década de 90. Este ex-prefeito foi condenado pela justiça por diversos “cambalachos” e considerado inelegível em várias eleições pela justiça eleitoral. Mas continua “no bem bom”, morando e curtindo a vida “adoidado” em Santos e lá no Circuito das Águas Paulistas.
Mas voltemos ao “ecologista” Rolando Roebellen, que algumas pessoas chamam de “En-Rolando”. Recentemente ele lançou um livro de fotografias luxuosíssimo chamado "Anilinas", que conta a história da Cia. de Anilinas e Productos Chímicos do Brasil, uma das primeiras fabricantes de produtos químicos e corante do País instalada em 1918, em Cubatão.
E quem bancou este livro através das leis de incentivos fiscais (Lei Rouanet)? A Carbocloro S/A Indústrias Químicas, uma das indústrias de Cubatão com um histórico longo de poluição e agressão à natureza da cidade e região, principalmente ao Rio Cubatão, que passa ao lado desta mega empresa, que, ademais, tem no seu currículo trabalhadores aposentados por invalidez associado à contaminação por mercúrio.
Em 2008, ela foi citada na lista das 100 maiores empresas emissoras de gases geradores de efeito estufa do Estado de São Paulo.
E como não poderia deixar de ser, afinal virou moda, faz parte do “engana que eu gosto”, esta indústria também é uma das grandes promotoras do “marketing verde e social” na Baixada Santista.
E vejam que “curioso”. Mais ou menos ao mesmo tempo em que a Carbocloro anunciava seus planos de implantação de um sistema de hidrovias pelos rios de Cubatão (projeto negativo para a Natureza, tanto paisagístico como para a diversidade da vida) até o Porto de Santos, foi criado o Conselho Comunitário Consultivo da Carbocloro, para passar uma imagem à opinião pública de “empresa popular, responsável, legal”. E quem coordena este “conselho comunitário”? Ele, o “bom moço” Rolando Roebellen!
É preciso dizer mais alguma coisa?
Eu digo, como tem gente em Cubatão, na Baixada Santista em geral, que só quer saber de se dar bem em cima dos outros, manipulando e destruindo o que há de mais importante: a Natureza! E como tem gente que pensa que todo mundo que mora nesta região é otário, ignorante, que cai em conversa mole, que tem um preço.
Não, apesar de tudo, nesta região tem gente que não se curva, que não se deixa cooptar, sensível, que ama e defende a Natureza, incondicionalmente e em todas as suas formas.
* Moésio Rebouças, jornalista e ambientalista de Cubatão (anainfos@gmail.com)