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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O PORQUÊ DO VOTO NULO

NÃO SE ANULE!  ANULE O SEU VOTO...

Eu sou a favor do voto nulo. Nao faço campanha, cada um faz do voto o que quiser, mas acho a melhor maneira de mudarmos esse pais.

Consideracoes sobre voto nulo.

A discussão sobre o voto nulo está na ordem do dia. Grande parte do eleitorado começa a considerá-lo uma alternativa válida para as próximas eleições, tanto no que diz respeito ao pleito majoritário (presidente, governador e senador), quanto ao pleito proporcional (deputado federal e estadual). Se o movimento não arrefecer, o cidadão brasileiro terá uma oportunidade única para aperfeiçoar as regras do jogo, ao exercer o legítimo direito de acionar o voto nulo.

Antes de tudo, diga-se que o voto nulo não é um ato contra a democracia. Pelo contrário anular o voto, para além de significar vigoroso protesto contra os partidos e os políticos indesejáveis, que transformaram as eleições num jogo viciado, se afirma como uma recusa plena de múltiplas intenções e que atende às exigências das mais diversas camadas do eleitorado consciente.

Para os conservadores e liberais, por exemplo, o voto nulo pode significar a recusa ao pensamento único que se instalou na vida política brasileira, onde vige a predominância exclusiva da ideologia esquerdista, afeita ao mais desabrido culto do intervencionismo estatal como forma de atender ao que se convencionou chamar de “demandas públicas”, o apanágio malandro de políticos como José Serra, Lula, Alckmim, FHC, Heloísa Helena, César Maia, Garotinho e o atrevido Ciro Gomes, uns e outros socialistas “utópicos” ou “científicos”.

De fato, neste sentido, o voto nulo pode ser entendido como o repúdio possível ao pensamento político que leva ao fortalecimento do Estado e sua corrosiva presença, consubstanciado num sem-número de ministérios e empresas públicas, o que significa dizer, mais subsídios, impostos, empreguismo, mordomias, privilégios, corrupção, roubos, aumentos das tarifas públicas acima da inflação, isonomias salariais (pelo alto) para políticos e burocratas de todos os governos – de custo muito pesado que molestarão, inevitavelmente, o bolso do cidadão que está fora da dança.

Por outro lado, para os amantes da democracia representativa, o exercício do voto nulo pode abrir os caminhos, mais tarde, para a extinção do voto obrigatório, uma perversão autoritária inexistente nos países civilizados e que obriga o cidadão-contribuinte a fazer o que não deseja: votar, por força de lei, em políticos manhosos, hipócritas e desclassificados.

Ademais, com a prática do voto nulo, em determinados momentos a mais eficiente arma que se dispõe na democracia brasileira, o eleitor, por meio de campanhas e mobilização geral, poderá exigir que o exercício do mandato representativo, majoritário ou proporcional, venha a se tornar um “ato voluntário”, como ocorre em países como Suíça e alguns estados dos EUA, o que significa dizer que o político idealista e generoso, empenhado em nos salvar, não arrastará mais um só centavo da nossa exaurida carteira: ele será um “voluntário”.

O mais positivo na prática do voto nulo é, sem sombra de dúvida, a possibilidade do eleitor “interagir” no processo eleitoral, a partir da regra estabelecida de que, no segundo turno, se nenhum candidato conseguir a maioria (mais de 50% dos votos), a eleição está obrigatoriamente cancelada e um novo pleito será realizado. Melhor ainda: é automático o afastamento dos candidatos, pois eles não poderão mais concorrer à eleição e serão substituídos por novos nomes (não se trata aqui de devanei nas últimas eleições, conforme rezou a lei, 28 municípios do País tiveram suas eleições anuladas pelo imperativo do voto nulo).

Os formadores de opinião “politicamente corretos”, comprometidos com a supremacia do pensamento único acham que o voto nulo, além de inútil, pode representar um efeito adverso ao pretendido. Eles acreditam que só pelo exercício do “voto útil”, pode-se melhorar a “qualidade da nossa vida político-partidária” (editorial de 
“O Globo”, em 03/01/2006). Trata-se de uma projeção panglossiana, para não dizer idiota, que não bate com a realidade. Pelo contrário. Com o desaparecimento do contraditório, e de políticos do porte de um Afonso Arinos, por exemplo, a cada eleição a representatividade política do País só faz piorar. E não poderia ser de outro modo, pois a essência da atividade política no Brasil e na América Latina tem sido o exclusivo cultivo, pelos partidos ditos “progressistas”, do populismo e da demagogia – refinada ou grosseira – como forma de se chegar ao poder.

Assim, mais do que um protesto, o voto nulo, na atual fase da vida brasileira, é uma necessidade. Como já foi dito, ele é importante porque pode se tornar um instrumento de combate na luta pelo aperfeiçoamento da democracia. Mais do que um veio de insatisfação, o voto nulo é uma forma automática de cancelar eleições e expelir do processo candidaturas nefastas – o que representa um avanço político admirável.

Ao que se informa, o grande obstáculo para que o voto nulo torne-se uma prática corrente é a sua difícil ou ainda não esclarecida operacionalidade. Nas instruções de votação e uso da urna eletrônica, não se toca no assunto, nem se explica como anular o voto. Seria de propósito? Claro que sim! Para confundir o eleitor, a urna eletrônica acionada indica que o presumível voto (nulo) é “errado”, surgindo na tela o pedido para que o eleitor corrija a digitação. Trata-se, até prova em contrário, de um engodo programado.

Para acionar o voto nulo basta o cidadão digitar um número que não pertença a nenhum candidato. E depois, mesmo com o aparecimento do aviso “errado”, é só apertar a tecla verde para confirmar o voto nulo. Com o gesto, o eleitor acaba por mandar Lula e espécimes congêneres para o olho da rua. 

Tem voto mais útil?
http://www.paocomazeite.blogspot.com
Marcio Barroso
 Estanqueiro

domingo, 26 de setembro de 2010

de Cubatão

Para bom entendedor, meia palavra basta, ou, uma foto... ou, democracia de fachada... 
Confira na imagem em anexo (retirada do site da Prefeitura) a “maciça participação” popular na “audiência pública” do “Orçamento Participativo”, realizada no Bloco Cultural do Paço Municipal, nesta quarta-feira, 22 de setembro.

Este encontro, segundo a propaganda da Prefeitura, visava reunir moradores dos bairros Vila Natal, Vila Esperança, Fabril, Vale Verde, Cotas, Pilões, Santa Rosa, Jd. Anchieta, Costa e Silva, Vila São José, Vila Couto, Vila Nova, Centro e adjacências para “construir uma nova cidade, mais justa e mais feliz”.
Em tempo. Quem abriu e apresentou a audiência foi o secretário municipal de Comunicação Social, Fernando Alberto Jr., que não reside em Cubatão, e nunca morou nesta cidade.
Contradição?
 * Moésio Rebouças